Asia Coréia do Sul

Religião na Coréia do Sul

Em 2015, o censo do país mostrou que a religião predominante na Coréia do Sul era a protestante (19,7%). Até 2005, o budismo liderava, mas a taxa caiu para 15,5% dez anos depois. A maioria dos sul-coreanos (56%) não declara preferência religiosa.

Igreja Protestante na Coréia do Sul

O avanço evangélico não deve aumentar muito, diz Sangkeun Kim, professor de teologia da Universidade de Yonsei. Tempos de bonaça podem ser um desafio e tanto para líderes religiosos.

“Nesse momento, estamos com dificuldade para encontrar o lugar da igreja na sociedade coreana. Elas costumam ser uma zona de conforto para os pobres”, afirma Kim.

Mas megatemplos ainda são populares no país e um dos motivos, é o apego do coreano em “pertencer a grandes grupos”, diz o professor.

Grandes áreas metropolitanas apresentam as maiores proporções de pessoas pertencentes a grupos religiosos formais: 49,9% em Seul, 46,1% para Busan e 45,8% para Daegu. A Coréia do Sul possui o terceiro maior percentual de cristãos no leste da Ásia ou do Sudeste Asiático, superado apenas pela Filipinas e Timor Leste.

Dada a grande diversidade de expressão religiosa, o papel da religião no desenvolvimento social da Coréia tem sido complexa. Algumas tradições são respeitadas como importantes bens culturais e não como rituais de adoração. O Confucionismo continua a ser importante como uma ética social, a sua influência é evidente na imensa importância e como os coreanos atribuem à educação.

CRISTIANISMO

Praticamente inexistente no começo do século XX. As igrejas cristãs coreanas iniciaram um crescimento explosivo na década de 1960, após o fim da Guerra das Coréias, impulsionado pelo trabalho de missões religiosas que ofereceram conforto material e espiritual à população e ajudaram na reconstrução do país. De apenas 8% em 1950, os cristãos passaram a ser 29% (18% protestantes e 11% católicos). Na virada dos anos 2010, superando os budistas (23%), segundo o Instituto Pew, dos EUA. Em 2050, pelas projeções do Instituto, cristãos serão 1/3 da população e budistas, 18%. Os números fazem do país uma das exceções na Ásia, em que apenas 2% são cristãos.

O cristianismo é identificado com a modernização e reforma social. Há muitos cristãos na Coréia do Sul contenporânea, como o político veterano e líder oposicionista Kim Dae Jung, um católico , declarado defensor dos direitos humanos.

BUDISMO

Templo Seokguram

O budismo é mais forte e mais tradicional no leste do país, responde por mais da metade da população religiosa da região de Gangwon e há um número notável de escolas budistas na Coréia. Muitos adeptos ao budismo combinam a pratica budista com o xanismo

Dominada pela ordem Jogye, uma seita sincrética, ligada a tradição Seon. A maioria dos templos antigos e famosos do país, como Bulguksa e Beomeosa, são operadas pela Ordem Jogye, que tem sede em Jogyesa no centro de Seul. Outras tradições budistas na Coréia do Sul, incluem o “Taego” e “Cheontae”. Taego é uma forma de Seon (Zen), enquanto o Cheontae é um revival moderno da linhagem Tai Tien na Coréia do Sul, focalizando o Sutra de Lótus. Outra linhagem, o Jingak, é uma forma de budismo Vajrayana. Tanto o Jogye e ordens Cheontae exigem que seus monges sejam celibatários, enquanto o Taego e ordens Jingak permitem aos sacerdotes que sejam casados. Existem muitas outras pequenas denominações na Coréia do Sul e ainda desconhecidas no Ocidente.

XAMISMO COREANO

Embora o xamanismo coreano seja essencialmente monoteísta ou seja, crença em um único Deus Criador (“Hwan-in”) em coreano, mais tarde também Haneul-nim ou HANEU-nim, que são versões utilizadas por católicos e coreanos protestantes respectivamente. A crença em um mundo habitado por espíritos é provavelmente a mais antiga forma de vida religiosa coreana, que remonta aos tempos pré-históricos.

Há um panteão de literalmente milhões de deidades, espíritos e fantasmas, que vão desde o “Deus” que governa os diferentes bairros do céu aos espíritos da montanha (Sansin). Este panteão inclui também divindades que habitam as árvores, cavernas sagradas e pilhas de pedras, bem como espíritos da terra, as divindades tutelares das famílias e aldeias, duendes travessos e os fantasmas de pessoas que em muitos casos, encontrou uma morte violenta ou trágica. Esses espíritos dizem ter o poder de influenciar ou mudar a vida de homens e mulheres.

TAOÍSMO

O Taoismo, que incide sobre o indivíduo na natureza e não do indivíduo na sociedade e também o budismo, foi levado ao Sul da China, durante o período dos Três Reinos (quarto de século VII d.C). Símbolos Taoistas são vistos nas pinturas nas paredes dos túmulos de Koguryo.

A filosofia Taoísta é praticada em várias formas, em outros países além da China e o Kouk Sun Do, na Coréia, é uma dessas variações. A filosofia taoísta encontrou muitos seguidores ao redor do mundo. Genghis Khan era simático à filosofia taoísta e durante as primeiras décadas de dominação mongol, o taoísmo viu um período de expansão entre os séculos XIII e XIV, devido a isso, muitas escolas taoístas tradicionais mantém centros de ensino em vários países ao redor do mundo.

“O caminho que pode ser descrito não é o verdadeiro caminho” (O tao= o caminho) pode ser dito, não da forma usual.)

CONFUCIONISMO

O confucionismo coreano é a forma do confucionismo que surgiu e se desenvolveu na Coréia há anos. Uma das influências mais substanciais na História intelectual coreana foi à introdução do pensamento confucionista, como parte da influência cultural da China.

Respeitar os costumes e valores da filosofia é importante em todas as interações no país: falar respeitosamente com os mais velhos; sempre aceitar a oferta de um shot de soju e nunca começar a comer antes do seu chefe são algumas dessas regras. O confucionismo na Coréia as vezes é considerado também como uma forma pragmática de manter uma nação unida sem as guerras civís e dissidências internas que foram herdadas da Dinastia de Goryeo.

Nos anos mais recentes, houve um afastamento da idéia tradicional confucionista de total respeito e submissão à autoridade dos pais. Isso pode ser visto em como o casamento se tornou menos uma decisão da família e mais uma escolha individual.

OUTROS IMPORTANTES DADOS:

A presença da Papa Francisco em 2014 fez com que aumentasse 2,2% o número de católicos e em 20 anos, acredita-se que o número de católicos na Coréia do Sul, aumentará quase 50%. Além desses daos da população coreana, temos:

  • crenças tradicionais 15,6%
  • Ateísmo 1,6%
  • Outras 0,5%

Fontes:

  • Folha Uol – 500 anos re reforma protestante da Coréia do Sul
  • Wikipedia Brasil religião na Coreia do Sul
  • Francisco Wagner de Cerqueira e Coreia do Sul, Brasil Escola

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